(1838 - 1841)
No ano de 1838 surgiu um movimento popular no Maranhão. Este era contrário ao poder e aos aristocratas rurais que, até então, dominavam aquela região.Em dezembro de 1838, Raimundo Gomes (líder do movimento), com objetivo de libertar seu irmão que se encontrava preso em vila Manga, invadiu a prisão libertando não só seu irmão, mas também todos os outros que se encontravam presos.
Após algumas conquistas dos balaios, como a tomada de Caxias e a organização de uma Junta Provisória, o governo uniu tropas de diferentes províncias para atacá-los. Contudo, Os balaios venceram alguns combates.
Outros líderes, como, por exemplo, o coronel Luís Alves de Lima e Silva também entrou em combate com os revoltosos. Entretanto, o comandante dos balaios, Raimundo Gomes, rendeu-se.
Após a morte de Balaio, Cosme (ex-escravo e um dos principais chefes dos balaios) assumiu a liderança do movimento e partiu em fuga para o sertão. Daí em diante, a força dos balaios começou a diminuir, até que, em 1840, um grande número de balaios rendeu-se diante da concessão da anistia. Pouco tempo depois, todos os outros igualmente se renderam. Com a completa queda dos balaios, Cosme foi enforcado.
Fonte: www.historiadobrasil.net
BALAIADA
(1838 - 1841)
Rebelião popular ocorrida no Maranhão e em parte do Ceará e do Piauí durante a Regência, entre 1838 e 1841. Nasce das lutas partidárias e da pobreza no interior da província maranhense. A rivalidade entre grupos da elite local resulta em uma revolta que exige a intervenção das autoridades imperiais. É chamada Balaiada porque um dos líderes, Manuel Francisco dos Anjos Ferreira, era apelidado de Balaio.A partir de 1830, a província do Maranhão é sacudida pelas disputas entre o conservadorismo dos grandes proprietários de terra (cabanos), no governo, e os liberais (bem-te-vis), na oposição. Para reduzir o poder dos conservadores, os bem-te-vis lançam uma campanha contra o controle das eleições dos prefeitos por parte do Executivo provincial. A campanha acirra as disputas locais, envolvendo também as camadas populares.
As incertezas da organização política, as dificuldades da vida cotidiana e a agitação de lideranças democráticas radicais acabam reunindo vaqueiros, lavradores, camponeses, artesãos, negros, índios e mestiços, que, armados, iniciam uma revolta no interior da província.
Lutas nas ruas
O estopim do conflito é o motim na cadeia da Vila da Manga do Iguará (MA), em 13 de dezembro de 1838. O vaqueiro e ex-escravo Raimundo Gomes Vieira Jutahy, capataz de um líder liberal, invade a prisão para libertar o irmão, preso a mando dos conservadores. A rebelião conta com o reforço de Balaio, que teve a filha violentada por um capitão de polícia. A luta generaliza-se com a agitação promovida pelos liberais e a adesão do negro Cosme Bento das Chagas, chefe de um quilombo com 3 mil escravos fugidos.
Em outubro de 1839, 2 mil sertanejos tomam Caxias, a segunda maior cidade da província, e a transformam em sede de um governo provisório. Entre suas proclamações escritas constam vivas à religião católica, à Constituição, a Dom Pedro II e à " "Santa causa da liberdade".
Atuação militar
No início de 1840 chega ao Maranhão o novo presidente e chefe militar da província, coronel Luís Alves de Lima e Silva (futuro duque de Caxias), nomeado pela Regência para conter o movimento. Ele reorganiza as tropas oficiais em três colunas volantes e passa a combater os insurgentes, forçando-os a abandonar as áreas conquistadas. Depois de algumas batalhas – em uma das quais morre o líder Balaio –, as tropas retomam Caxias. Começa a caça aos rebeldes, com grande baixa entre eles. Em maio de 1840, em um confronto nas matas de Curumatá, a coluna de Raimundo Gomes perde 500 homens. Meses depois, dom Pedro II oferece anistia aos revoltosos, em comemoração a sua maioridade antecipada, condicionada à reescravização dos negros rebeldes. Mais de 2 mil balaios se rendem. O conflito termina em janeiro de 1841, com a prisão de Gomes na Vila de Miritiba, divisa com o Piauí. O negro Cosme Bento também é preso e morre enforcado em setembro de 1842.
Fonte: br.geocities.com
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