Segundo diz a lenda, ratificada pelo posterior reconhecimento do Congresso Americano, em 1961, a origem da expressão Uncle Sam (Tio Sam) como um dos símbolos máximos dos Estados Unidos é advinda Samuel Wilson, proprietário de um matadouro e de uma empresa fornecedora de carne para os militares no front de batalha, durante a Guerra Anglo-Americana de 1812 (The War of 1812).

 A Batalha de Nova Orleans, 1812


Como os caixotes e barris de mantimentos traziam a sigla “US Army” (Exército dos Estados Unidos), não tardou para que os soldados usassem o humor e fizessem piada com a coincidência, passando a denominar as iniciais ali gravadas como “Uncle Sam Army”, o Exército do Tio Sam.

Thomas Nast

Quanto à aparência, além das cores da bandeira estadunidense (The Stars and Stripes), o senhor de fraque e cartola, com a fisionomia séria e circunspecta, de jeito sutilmente ameaçador, teria sido baseado nos ex-presidentes Andrew Jackson e Abraham Lincoln, que, por sinal, serviram de referência para o cartunista Thomas Nast, em 1870.



E como tudo se copia, um pouco depois, em 1917, eis que surge a famosa criação do artista James Flagg, claramente inspirada em um cartaz de 1914, que retratava o britânico Lord Kitchener clamando pela adesão de voluntários em defesa da causa da pátria. Era uma nova versão do Tio Sam, com o indicador apontado na direção do observador, um ar solene e sutilmente ameaçador, contendo os seguintes dizeres: "I Want You for U.S. Army" ("Eu Quero Você para o Exército dos EUA"), atendendo a uma encomenda das Forças Armadas, que recrutavam, ou melhor, solicitavam o alistamento espontâneo de pessoas que reforçariam suas fileiras durante a Primeira Guerra Mundial.

Compare as duas imagens a seguir:


Outros cartazes de Flagg.



Fonte de consulta: Projeto Araribá, Geografia – Editora Moderna, 2ª edição, São Paulo, 2007 (adaptado).

Fonte:  http://geografiaetal.blogspot.com.br/2011/03/origem-do-tio-sam.html
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